28/03/2009

O tempo perguntou ao tempo


"O tempo perguntou ao tempo, quanto tempo o tempo tem"? "O tempo respondeu ao tempo, que o tempo tem tanto tempo, quanto o tempo tem!" Certos temas me chamam a atenção em certas épocas, que parece como "Uma idéia que existe na cabeça, e não tem a menor pretensão de acontecer." – como já disse o poeta. Hoje, essa idéia é certamente o tempo! "Quanto tempo o tempo tem?" Tenho quarenta e um anos, sou do signo de câncer. Católico de carteirinha, trabalho com a juventude, desde que era adolescente, já foi catequista, coordenador de crisma, de movimentos como ECC, EJAC, EAC, já coordenei pré-vestibular comunitário. Fiz Química na UFRRJ no final da década de 90, no século passado. Terminei em novembro último o curso de Introdução a teologia da PUC. Trabalhei na SME de Mangaratiba como coordenador do ensino noturno e implementador de info educação. Casado, tenho uma estudante de biologia como filha mais velha, ruralista é claro! Um rapaz que cursa o sétimo ano, meu príncipe e uma linda menininha que acaba de nascer dois primeiros dentinhos de leite e tenta bravamente aprender a engatinhar. Acho que envelhecemos, quando voltamos a nossa atenção ao tempo. "O tempo tem tanto tempo, quanto o tempo tem!" Quando iniciamos nossa busca por herdeiros, é que percebemos que esse tempo já nos falta, e os sonhos que hoje tenho sobre minhas duas paixões, a educação e a religião, não são mais como eram, durante minha juventude. Percebo que o tempo é o "Senhor" de todas as coisas e que só no tempo infinito, nossos sonhos podem ser realizados. Vivemos em uma época de plantio, sonhando com um tempo de colheita. Hoje mesa fraca, amanhã mesa farta. Estudo o processo, a verdade que decorre como tempo de ser, semeio hoje, verdades de ontem, com a pretensão que possam valer no amanhã. "O tempo respondeu ao tempo..." Como pesquisador, sei que criamos o tempo a dividi-lo, que nada mais é que uma percepção do movimento do universo sabe que a aceleração sentida por nosso século XXI, vem de uma cultura do imediatismo, do consumismo, do capitalismo chamada Tacocracia. Mas tenho a certeza de que o tempo infinito em que plantamos nossa esperança jamais será confundido. Temos sede de eternidade! E se o universo for, não como um relógio, mas como um computador que salva na memória aquilo que amamos?

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