25/03/2013

“Sinceramente, não evoluímos muito dos macacos (pra quem acredita!).”



Fantástica constatação do amigo André Felipe(por André Felipe Figueira Coelho Nova Iguaçu - domingo, 24 março 2013, 19:28), com a qual eu concordo em módulo, direção e sentido.   Mas proponho um questionamento extra. Já éramos uma sociedade de macacos, ou coisa parecida, quando fomos, aos poucos, nos transformando em uma sociedade de homens. Assim sabemos que a sociedade veio antes. 
Já nascemos em uma ambiente social e fomos, no dizer de Michael Foucault, “ortopetizados” por essa sociedade, moldados de forma a contribuir com suas estruturas, que em nossa reflexão, quer dizer consumistas. 
Se hoje há uma necessidade da sociedade consumir trabalhadores para o setor petrolífero, nossos alunos serão incentivados a este setor, como melhor mercado de trabalho, melhores possibilidades, maiores chances.  Não teremos um olhar nas aptidões deles, não indicaremos um trabalho que possa se adaptar as suas características, mas procuraremos, como educadores, adaptar as características de nossos alunos as exigências do mercado, mesmo que isso represente esmagar suas peculiaridades e sonhos. (confira em http://www.istoe.com.br/reportagens/235726_EMPREGOS+GARANTIDOS+E+SALARIOS+PROMISSORES)
Repensando o questionamento feito por nossa tutora,  Luciene: “Mas, como podemos alcançar a geração de nossos alunos, nossos filhos? Alimentamos a concorrência dos jovens?” Na revista  Aprender (set/2002) como o tema “Profissões do Futuro”( http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2002/10/01/539376/rofisses-futuro.html) há uma tentativa de responder essa questão angustiante, para todos nós educadores que vivemos esse “tempo de travessia”.  
Na reportagem aparece uma tentativa de enumerar os valores que devemos desenvolver em nossos jovens para ajuda-los na construção de seus projetos de vida.  Dentre essas qualidades a serem exercitadas está às outras formas de inteligências, das quais já nos alertava  Howard Gardner, nos finais dos anos 70. 
Poderemos ensinar aos alunos meios de resistir as tentações do mercado consumidor, a medida que nós, na figura de professores, lutarmos para que esses mesmos alunos não sejam matéria prima que alimenta as necessidades de nossa sociedade e forma homem infelizes que apenas ganham dinheiro. Vivem esperando passar a semana, pelo fim de semana, vendem os trinta dias do mês, em troca do quinto dia, o dia do pagamento. Assim deixaremos de ser uma escola triste que prepara os alunos para uma vida triste. 

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